18.8.08

(ponto) não sou - cadê o eu?

De conversa em conversa, chega-se ao ponto mais crucial e íntimo: ao eu. Quando essa presença pessoal torna-se frequente e constante, a convivência social fica abalada. É um tal de "eu" pra cá, "eu"pra lá, que o máximo que se consegue enxergar é a própria imagem especular. Individualização. Um processo longo e árduo na formação de cada pessoa. Para isso, requererá um pouco de orgulho, uma colher de chá de vaidade e uma pitada de alguns genes. Pronto. Herança genética, influência cultural, pecados originais e capitais são os pilares fundamentais do grande mal de uma sociedade: conjunto de solitários.
Seja um papo informal com um amigo, uma conversa afiada com colegas ou um diálogo confortante entre familiares, o ponto forte do ego, centro de gravidade e de conflitos, quer resplandecer sozinho a custa de todos à sua órbita de influência: quer unir-se, para tornar-se mais só. Quer mais um, sendo único. Quer brilhar, como a lua.
Palavras, palavras, palavras não são mais do que palavras; com letras atrás de letras. Sem sentidos. A versão cada ponto tem na sua época, no seu credo, na sua raça, no jeito adequado de ser como faces de um mesmo polígono: verdade.
Palavras sem atos são assim. Palavras com atos, singularmente flexionados; covardemente comentados. Cada um com a sentença dos demais; cada um com a imagem dos demais; cada um, pelo outro.
É estranho: o eu não é ele próprio; é terceiros projetados no egocentrismo de todos os seres. Ninguém é ninguém. Somos imagem e semelhança de nossos irmãos - a vontade pessoal que nos enterra no infinito sombrio da prepotência individualista. O pior acusador é nossa consciência; o advogado do diabo.

Cathedral songs

Tanika Takiram

I saw you from the cathedral
You were watching me
And I saw from the cathedral
What I should be

So take my lies
And take my time
'Cos all the others want to take my life

And I watch you with an intent, basic
It's the same for you
You hold your hand
And it's all fine - laced and
What would you make me do?

So take my lies
And take my time
'Cos all the others want to take my life

Serious for the winter time
To wrench my soul
whole cotton, whole cotton ears
But I know there must be
There must be, yes, I know there must be a place to go

You saw me from the cathedral
Well I'm an ancient heart
Yes, you saw me from the cathedral
Well here we are just falling apart

You catch me
I am tired
I want all that you are

I saw you from the cathedral
You were leaving me
And I saw from the cathedral
You could not see to see

So take my lies
And take my time
'Cos all the others want to take my life