4.3.09

História passando...

Poderá parecer piegas ou dispensável, mas diante do fato de que, estranhamente, um presidente negro veio a ocupar o cargo mais cobiçado do planeta, permite, ao menos, indagar. Quem é, politicamente, Barack Obama? Por que não Hillary? Ou Al Gore? Evolução natural do interesse político ou um tímido interesse dos "grandes donos" da informação? Não sei. Obama! Viva, o novo presidente! Aclamações surpreendentes, como por uma espera do messias, para a dúvida do momento. Não acredito em acaso na politica, muito menos, em um milagre eleitoreiro. Um povo, onde o voto é facultativo, depois de ter confiado dois mandatos bushianos, resolve comparecer quantidade recorde e mudar o rumo de uma estória, estória até muito bem contada pelos neoliberais de plantão.

Por outro lado, no quintal estadunidense, cresceu o número de líderes heterodoxos aos planos do grande Sam. A influência não é mais a mesma. O foco é para o lado das mil e uma noites; ou melhor, já são mais de cinco anos de ocupação do Iraque. Esquerdistas ou não, a verdade é que a política internacional sobre os latinos não é como já foi. De uma maneira geral, era o Clinton, FHC, Fujimori, Menem e mais alguns que rezavam a mesma cartilha. Depois, Lula, Chávez, Evo e mais meia-dúzia com cara de povo. Ora, acaso? Nem pensar. Há um jogo bem mais interessante que aos olhos da contemporaneidade não podemos compreender.
Ou não?

1.3.09

Bom dia, crise!

Pela madrugada, ar e queda livre das
pálpebras
pensamentos voando
e nada mais.

Depois de quase um mês, pedras voltam a ser arremessadas:
pedras brutas
pedras lascadas
pedras polidas
pedras sobre pedras.

Pedra Barack no sapato
no caminho contrário;
Pedras sambando, pra lá
sambando, pra cá
pedras.

Em meio à crise, carnaval
tudo vai passar pela avenida
nos bailes dos mascarados:
pierrot vestindo arlequim;
colombina à frente da bateria

O otimismo é a esperança cega:
longe da realidade;
imune aos fatos;
perto de peles secas, de bocas vazias e de corpos esquálidos.