25.9.08

Sal a gosto.

Quem diria...o sal, pior, o pré-sal garantirá prosperidade e riqueza. Um produto, em outras épocas, ligado a conotações de simplicidade, de pobreza e de banalidade, hoje, elevado a um símbolo pátrio. Foi até usado como arma linguística para confrontar a moral e a ética médica, segundo o ministro Ciro Gomes. Sal, pré-sal, não importa o seu estado e sim do uso que se faz. Num discurso quase messiânico, inflamado com tensões pré-eleitoreiras, a ministra profetizou um feito: erradicar a pobreza! Melhor: erradicar em menos de dezoito anos. Hoje, vinte e cinco de setembro de dois mil e oito, daqui a este prazo máximo, a memória sustentará as lembranças.
Prefiro, agora, temperar o meu churrasco com sal grosso e sentir o ainda gosto salgado do sal. Afinal, até as lágrimas têm o seu sabor.



Com pré-sal, Brasil erradica pobreza em menos de 18 anos, diz Dilma
Jeferson Ribeiro Do G1, em Brasília.

Segundo ela, descoberta não foi sorte, mas fruto de trabalho e tecnologia.Dilma disse que investimento em exploração já atinge R$ 50 bilhões ao ano.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou nesta quarta-feira (24) que os recursos obtidos com a exploração em águas ultraprofundas ajudarão na erradicação da pobreza em um prazo inferior a 18 anos. "Com o Bolsa Família, com a infra-estrutura e com a questão da educação vamos levar uns 15 a 18 anos para acabar definitivamente com a miséria e com as diferenças e as desigualdades gritantes do país. Nós iremos usar esses recursos [da exploração do pré-sal] para encurtar o processo", disse.
Segundo a ministra, "o pré-sal vai fazer com que esses passos se reduzam". "Ao invés de dar dez passos, vamos dar quatro. O que o pré-sal permite ao Brasil é antecipar etapas de desenvolvimento e de crescimento”, afirmou a ministra durante evento para gerentes e superintendentes da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
Dilma Rousseff declarou que a descoberta de petróleo na camada pré-sal não foi golpe de sorte, como costuma afirmar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas fruto da “inteligência” e da “tecnologia” brasileiras. “Nós tivemos não a sorte, mas o esforço de uma instituição de excelência, a Petrobras. Isso não caiu do céu, foi produzido pela inteligência brasileira e pela tecnologia brasileira”, disse. Ela exaltou ainda o aumento dos investimentos do governo federal em produção e exploração de petróleo. Segundo a ministra, em 2002 eram investidos cerca de R$ 250 milhões na área. Agora, os investimentos chegam a R$ 50 bilhões.

Mais prazo de estudo:

A ministra afirmou também que a comissão interministerial criada no governo para discutir o novo marco regulatório para exploração e produção de petróleo na camada pré-sal vai analisar a possibilidade de ampliar o prazo para fechar as propostas que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Amanhã [quinta-feira 25] nós vamos avaliar se vamos pedir mais um prazo ou não, mas a situação está bem encaminhada, os estudos estão muito bem feitos, tanto pelo Ministério de Minas e Energia quanto os apresentados pela Petrobras, pela ANP [Agência Nacional de Petróleo], e pela Empresa de Pesquisa Energética [EPE]. É uma solução complexa, e nós queremos colocar à disposição do presidente alternativas consistentes, sólidas, bem elaboradas”, explicou. A prorrogação dos estudos que deveriam ter ficado prontos no último dia 19 foi pedida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Lula já disse que começará a discutir o tema com o grupo após as eleições municipais.