9.8.08

Depois do fim...

O fim das coisas

Pode o homem bruto, adstricto à ciência grave,
Arrancar, num triunfo surpreendente,
Das profundezas do Subconsciente
O milagre estupendo da aeronave!

Rasgue os broncos basaltos negros, cave,
Sôfrego, o solo sáxeo; e, na ânsia ardente
De perscrutar o íntimo do orbe, invente
A limpada aflogística de Davy!

Em vão! Contra o poder criador do Sonho
O Fim das Coisas mostra-se medonho
Como o desaguadouro atro de um rio ...

E quando, ao cabo do último milênio,
A humanidade vai pesar seu gênio
Encontra o mundo, que ela encheu, vazio!

Augusto dos Anjos


Inauguro neste instante o tempo de poesia; o tempo vago ao encontro das emoções puramente ingênuas. Todos são poetas; cada um com o seu peculiar estilo. É a exclamação do ego, do super-ego completamente extasiado de se entregar sem reservas. Abaixem as armas; estendem os braços abertos; peguem lápis e papel e deixem as idéias livres e apaixonadas; livremente apaixonadas.

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