1.7.08

Lente da verdade!

Está dada a largada! A corrida para a troca ou a permanência do poder local já começou. Alguns rostos já conhecidos; outros nem tanto. A memória é curta. A vontade de ganhar é enorme. Vale tudo nessa luta, em que se ganha vendendo ilusões. Fala-se de problemas e de dificuldades, mas não sabem a real dimensão de como é sentir frio, fome e falência. Problemas no papel, são letras. Viver como se vive com os problemas, é um triste sonho; utopia.

Sugiro deixarmos por aqui tudo que se sabe sobre as promessas e os feitos dos candidatos. Façamos uma lente. Um foco para quem merece ser visto. Para aqueles que não, o terrível umbral do esquecimento!

http://www.consciencia.net/brasil/eleicoes/monitor02.html

2 comentários:

Wilen Norat Siqueira disse...

Lente

Arnaldo Antunes
Composição: Arnaldo Antunes / Roberto Frejat

Mudou a minha lente
De repente ficou tudo maior
Mudou a sua lente
De repente ficou tudo menor
Mudou a nossa lente
Ficou tudo do tamanho da gente

A lente não mente
Mente quem está detras da lente
A lente não mente
O objeto transparente
Me deixe ver o que sempre foi aparente

Mudou a minha lente
De repente ficou tudo diferente
Mudou a sua lente
Você estranha o que vê a sua frente
Mudou a nossa lente
Agora você vê e eu te vejo claramente

A lente não sente
Sente quem está detras da lente
A lente não sente
Objeto transparente
Me deixe ver qualquer coisa que eu invente

Depende do ponto de vista
Depende do ângulo certo
Deixa que eu vejo, observe
Um pouco mais longe
Um pouco mais perto
Mas vitrine é vitrine
Depende do ângulo certo
Às vezes me confunde
Às vezes nem define

Objeto trasparente
Me deixe ver qualquer coisa que eu invente

Wilen Norat Siqueira disse...

Para Lá
Arnaldo Antunes
Composição: Arnaldo Antunes / Adriana Calcanhotto

Se toda escada esconde
Uma rampa
Ampara o horizonte
Uma ponte
Para o oriente
Um olhar
Distante

Em volta de um assunto
Uma lente
Depois de cada luz
Um poente
Para cada ponto
Um olhar
Rente

E a montanha insiste em ficar lá
Parada
A montanha insiste em ficar lá
Para lá
Parada
Parada

Diante do infinito
Um mosquito
Em torno de um contorno
Gigante
Cada eco leva
Uma voz
Adiante

Decanta em cada canto
Um instante
De dentro do segundo
Seguinte
Que só por um momento
Será
Antes

E a montanha insiste em ficar lá
Parada
A montanha insiste em ficar lá
Para lá
Parada
Parada